sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Septem Dona - Capítulo 2


Meus olhos ainda estão fechados. Um barulho ensurdecedor me fez acordar, mas meus olhos ainda preguiçosos se mantem fechados. Após alguns segundos, o barulho se torna claramente um misto de música eletrônica e gritos. Minha curiosidade chega então a um nível bastante alto para ainda me manter quieta. A primeira coisa que vejo ao abrir os olhos são apenas contornos. Um grande galpão iluminado me chama a atenção. Por que estamos parados ali? Quero dizer, Ed não está no caminhão. Será que seu cigarro acabou e ele veio pegar mais em uma festa no meio do nada? Ao descer do caminhão, sinto uma brisa fria me abraçar, me fazendo arrepiar dos pés a cabeça. Mesmo com o barulho ensurdecedor, posso escutar algumas vozes bem próximas. Abaixo-me com cuidado e vejo pés por debaixo do caminhão. Devem ter umas cinco pessoas ali. Sigo com cautela até me aproximar o bastante. São todos homens e posso então escutar a voz de Ed. Parece que ele está metido em alguma encrenca das grandes:
-         O que veio fazer aqui? Por que esta atrás de nós?! – Uma voz jovem, mas forte pergunta com raiva.
-         Calma, eu tenho uma de vocês... – Era claramente a voz de Ed. Ele está falando de mim! Quem são aqueles homens?! Federais?!
-         O que quer dizer com isso?! – Outra voz jovem, mais calma agora tomando controle da situação.
-         Eu tenho toda certeza que ela tem o dom de vocês. – Ed solta um gemido de dor. Por que estão machucando ele? – Ela esta perdida e precisa de ajuda. Da ajuda de vocês!
-         Nós não trabalhamos assim, nós escolhemos! Não são pessoas como você que vem a nós! – O modo como ele fala, como se fosse superior, me faz sentir nojo sem nem mesmo saber de quem se trata.
-         Por favor, me escutem...
-         Esqueça! Rapazes, ele é todo de vocês, o largue longe do caminhão! – A voz grita em um tom sádico. – Venha Pit, vamos pegar essa belezinha.
Não posso deixar aquela situação daquele jeito. Não conheço muito sobre Ed, mas o conhecia o bastante para saber que ele não merece aquilo. Saio do meu esconderijo, fitando então os rapazes. Dois seguram Ed e parecem prestes a soca-lo. Os outros dois já estão de costas, seguindo para o caminhão.
-         Pare! – Grito tentando parecer um pouco imponente. – Não podem fazer isso!
-         Quem é você?! – A voz que me deu tanta repulsa então revela sua face. Esguia e comprida. A pele pálida chega a brilhar sobre a Lua juntamente com os cabelos negros. O outro rapaz que o acompanha é mais alto e mais forte. Sua pele é do tom da terra seca na época de verão. Seu cabelo raspado dá uma aparência do tipo ‘Sou perigoso, não se aproxime. ’
-         Não importa! – Grito em alto e bom tom. Com meus punhos cerrados, começo a sentir o repuxão em minha barriga. – Não vou deixar vocês machucarem ele!
Sem esperar a resposta deles, sinto minha visão se tornar turva. Já sei o que vem após aquilo tudo, mas algo me surpreende. Meus pés saem da terra e minha visão logo volta ao normal. É como se eu perdesse meu poder. Ao olhar para baixo, percebo que não sou erguida a toa e sim por correntes. Meus pés começam a doer com toda a pressão exercida. Antes mesmo de poder gritar, sinto uma forte dor na cabeça que me faz apagar totalmente.
...

Um chacoalhar me faz acordar bastante assustada. Minha cabeça dói. Muito. As lembranças vêm em minha mente como borrões. Ed! Será como ele está? O que será fizeram com ele? Na verdade... Quem são eles e onde estou? A escuridão não é nada confortável e me dá mais agonia. Poucos feixes de luz batem sobre meu corpo, mas logo somem. Após alguns segundos, outros feixes de luz. Obviamente me encontro em uma estrada. Ponho-me a observar de onde aqueles feixes adentram naquele... Furgão? Sim, estou em um furgão que chacoalha sem parar. Com dificuldade, me levanto e vou em direção à pequena janela que permite a entrada dos feixes. Uma grande vastidão vazia se encontra lá fora. Cactos e contornos cercam aquele furgão. Volto a me sentar, respirando com certa dificuldade. Estou me sentindo meio claustrofóbica, mas não a nada a se fazer. Estou presa como um animal. Esse sentimento realmente me enoja.
Logo após algumas horas, o furgão para. Levanto-me e vou direto para a janelinha. A aparência do lugar não mudou, então por que paramos? Logo ouço um barulho vindo da porta e me ponho a sentar-me novamente. Tento observar alguma placa pelo vão da porta, mas não consigo ver nada. Um rapaz rapidamente adentra o furgão e fecha a porta, impedindo minha visão do lado de fora. Aos poucos o reconheço... Pele morena, cabelo raspado... Pit! O observo da cabeça aos pés e vejo que ele segura algo. Logo fico sabendo do que se trata. Uma pequena lanterna, que ele faz questão de enfiar em meus olhos, me cegando.
-         Ei! – Grito, tentando fechar os olhos. Logo o furgão volta ao movimento, mas agora chacoalhando mais. – O que é isso?!
-         Eu faço as perguntas aqui, ok? – A voz de Pit é grossa e cheia de autoridade.
-         Ok, o que quer saber?! – Tento fita-lo através da luz, mas é muito clara. Sinto apenas algo quente me tocando o ombro e me empurrando com força contra a parede do furgão. Assusto-me, mas logo percebo que é a mão de Pit e que ele realmente não está brincando sobre ser ele que dita às regras naquele momento.
-         Nome?
-         Cordélia
-         Sobrenome?
-         D’angelo.
-         Dom?!
Eu hesito.
-         Não me escutou? – Ele se aproxima, deixando-me sentir seu bafo de menta.
-         Magnetismo...
-         Prove! - A reação dele me assusta. As pessoas não reagem deste modo. Acho que o modo que fico o observando, um tanto abobada o faz remexer nos bolsos. Pit retira então do bolso três bolinhas de metal. Ele estende a mão em minha direção e fica me observando.
Respiro fundo, fechando os olhos. Concentro-me. Sinto logo o repuxão na barriga. Ao abrir os olhos, observo as bolinhas de metal flutuar e um... Sorriso nos lábios de Pit?! Isso mesmo! Fiz aquele bad boy sorrir. Mas algo dá errado. O repuxão em minha barriga se prolonga e então aumenta me fazendo contorcer e cair no chão. Não consigo controlar aquilo então sinto o furgão chacoalhar mais e mais até parar. A calma no furgão reinava mas em meu corpo não. O repuxão se transformava em uma dor aguda e escuto ao longe algo além dos meus gritos:
-         Sua louca! Faz parar! Coloque-nos no chão! – Não entendia o que Pit queria dizer.
-         O que?! – Grito antes de ver a escuridão.
...

Já estou me acostumando com esse lance de ser apagada. Agora, ao acordar, o ambiente é totalmente diferente. E o jeito que me sinto também é. Meu corpo está mole e minha mente está girando. Logo minha visão volta ao normal, conseguindo distinguir o que me cerca. Paredes de toras de madeiras e grades de bambu, inclusive uma fita prendia um bambu no outro, mas uma fita de... Plástico?
Levanto-me um tanto zonza e percebo que estou deitada sobre uma cama de madeira que mais parecia uma mesa com um pequeno colchão duro por cima. Pisco confusa, respirando fundo. O ar é um tanto pesado naquele lugar. Os únicos sinais de luz provem de uma grande tocha próxima a minha... Cela. Obvio que aquilo é uma cela, mas por que estou ali?! Quero dizer, eu sei qual foi meu erro, mas não era pra ser assim. Eu fugiria e estaria finalmente livre e não presa, novamente. Com muita dificuldade, me levanto. Meus braços parecem pedras, me puxando para baixo. Minhas pernas que deveriam estar firmes parecem mais um conjunto de fracas varas que me levam até a grade feita de bambu. Meu rosto mal passa entre as frestas mas mesmo assim, o apoio ali, tentando observar mais daquele lugar. As paredes parecem ser de terra, mas deveria ter algo ali abaixo já que não pareciam frágeis. O corredor não é tão longo já que consigo ver o fim em uma esquina logo à frente. Do outro lado é do mesmo jeito, tirando que em vez de uma possível saída, encontra-se uma parede de terra. Observo o teto, mas não encontro nenhuma saída, apenas terra cobrindo algo maciço.
Volto a me deitar, fechando os olhos. Fico assim por longos minutos. Ouço então passos então logo me levanto novamente, observando quem estava por vir. A sombra logo se forma e observo então uma forma esguia e alta a minha frente. Minha cabeça lateja ao lembrar que se tratava do rapaz pálido que queria matar tanto a mim como Ed. Sem dificuldades, ele corta a fita de plástico com uma tesoura e a guarda no cinto que usava. Observo que atrás dele havia alguns rapazes altos e fortes, garantindo a sua segurança. Quase me ponho a rir. Por que aquilo tudo?! Aquela segurança toda?! Eles estão com medo de mim?!
-         Olá, meu nome é Mitchell. – O rapaz se pôs de braços cruzados, me observando da cabeça aos pés.
-         Sou Cordélia. – Respiro fundo, dando um passo com bastante dificuldade. Não deveria ter feito isso já que os rapazes que protegiam Mitchell ergueram algo parecido com lanças.
-         Fique onde esta se quiser sobreviver e eu sei quem você é! – O tom de Mitchell é totalmente frio e ameaçador.
-         Onde estou? Por que estou aqui? – Balanço a cabeça, fechando os punhos. Realmente não gosto do tom do rapaz, não gosto nadinha na realidade.
-         Uma pergunta de cada vez, docinho. – Meu sangue ferve após aquela palavra ser dita, fazendo os guardas rirem.
-         Não me chame assim, ok?!
-         Eu a chamo como quiser, Cordélia. Você pode não saber muita coisa, mas tem que saber quem manda aqui e essa pessoa sou eu! – As palavras foram praticamente cuspidas de modo ameaçador e lento, como se ele quisesse grava-las em mim.
-         Mas...
-         Mas nada! Na hora certa, saberá de tudo. – Mitchell sai então de minha cela, fechando-a com outra fita de plástico.
Permaneço perplexa. Sem respostas. Do mesmo jeito que estava antes daquela visita inútil. Aquela aparição só me trouxe mais raiva daquele tal de Mitchell. Cerro meus pulsos, respirando fundo. Volto a me sentar na cama, abraçando meus joelhos. Eu tenho de fugir dali de algum modo, mas realmente não sei como. Aqueles rapazes não usavam nada de metal além da tesoura, as pontas das lanças era de acrílico. Começo então a planejar em minha mente algo maluco que poderia muito bem me matar, mas caso desse certo, eu poderia estar livre daquele rapaz grotesco.
...

Não sei quantas horas eram quando os passos retornaram. Novamente Mitchell apareceu no lado de fora de minha cela, acompanhado de seus capangas. Ao perceber que ele retirava de seu cinto a tesoura, já me posicionei de pé. Um dos rapazes parecia segurar uma bandeja de plástico com algum tipo de comida.
-         Olá docinho, sentiu saudades? – A voz nojenta de Mitchell soou, me fazendo cerrar os pulsos, mas não podia me desconcentrar e perder a chance de fugir daquele local.
-         Você que sentirá a minha falta... – Antes de qualquer reação já agi. Sentindo um leve repuxão na barriga, senti o controle da tesoura em minha mente. Logo apontava está para o pescoço de Mitchell, fazendo eles e os rapazes se paralisarem na hora.
-         Sua vadiazinha...
-         Cala a boca! – Grito dando alguns passos em direção a porta. – Se tentarem algo, mato o líder de vocês!
Nenhuma reação. Assusto-me, já imaginava em minha mente eu sendo atacada e morta por aqueles brutamontes, mas nada. Sigo em direção ao corredor e dou alguns passos. Próximo a escada, deixo a tesoura cair e começo a correr. Logo vejo o céu alaranjado acima da minha cabeça. Uma brisa parece me saudar ao chegar à superfície. Não presto atenção a minha volta, só corro. Passo por entre galpões velhos, em direção a montanhas que me cercam. Sei que será mais difícil me capturarem caso em me embrenhe mata adentro.
Sussurro em minha mente ‘Só mais 100 metros. ’ Estou tão perto de pular a cerca e enfim garantir a minha liberdade quando sinto algo em meus pés. Eles logo se juntam contra minha vontade me fazendo cair com tudo no chão. Observo que se trata de uma pequena corrente metálica. De modo desesperado, começo a me debater. Sei que não é a atitude mais inteligente, mas estou tão perto que não aceito ser pega assim. Solto um grito alto quando me sinto ser arrastada entre os arbustos. Tente me segurar em algum, mas isso apenas fere minha mão. É claro que quem está fazendo aquilo é um magneto, mas e se o governo estiver utilizado nós contra nós mesmos?
Observo a sombra de uma figura alta e forte ao longe. Estou indo em sua direção então é meio obvio que ele está me puxando. Logo consigo enxergar, se trata de Pit. O rapaz não me olha, só da atenção a alguém que está atrás de si. Ou seja, Mitchell. Respiro fundo, pensando logo no que posso dizer para explicar minha tentativa de fuga. Sei que mesmo criando um lindo discurso eles não me escutariam então começo a chorar. É meio que involuntário. Sei que eles vão rir da minha cara depois, mas não consigo controlar.
-         O que está pensando?! – Uma voz soa como um trovão, me fazendo tremer de medo.
-         M-me solta, por favor... – Já os imagino me imitando de forma exagerada, rindo da minha cara e das minhas palavras. Fala sério, até eu riria de mim mesma.
-         Sua idiota! – Consigo observar claramente o rosto de Pit e o fato dele ter uma cicatriz pequeninha acima dos lábios e outra próxima da sobrancelha. Seus olhos negros não desviavam dos meus e nem deixavam os meus desviar. – Você quer morrer?! Quer fugir e ser pega pelos federais e ser morta?!
Fico muito confusa com aquelas perguntas. Eles não são os federais? Ou pelo menos não trabalham para eles? Quem eles são então?
Meu silencio não me ajudou muito e sou erguida por Pit e pior, colocada em seu ombro esquerdo. Mesmo me debatendo, ele não me solta, segura de modo forte meu corpo contra o dele, certificando então que dali eu não sairia. Aproximo-me cada vez mais de Mitchell e seu sorriso perturbador.
-         Bom trabalho, Pit. – A voz de Mitchell soa como uma criança feliz ao receber seu presente de aniversário. – Deixe-a no chão e não se distancie, precisarei de você.
-         Tudo bem.
-         Agora, vamos começar com as perguntas... Por que a senhorita, em alguma hipótese, achou que poderia fugir? E por que você quis isso?! – Os olhos negros de Mitchell me fitam, mas ele não parece bravo. Há uma alegria em seu interior. – Oh Cordélia! Não vê que queremos lhe proteger?! – Ele se senta ao meu lado, mas não me movo, continuo deitada, o observando. As mãos magras e pálidas dele me tocam a testa e sinto o quanto são geladas. – Mas não lhe enviarei de volta a cela, com isso você ganhou uma chance de mostrar seus atributos mais cedo...
-         O-o que isso significa?! – Meu corpo dói ao menor movimento que realizo.
-         Isso significa que amanhã a noite, você fará um teste. Assim poderemos ver se você fica ou se vai embora, como tanto quer.
-         Mas...
-         Mas nada, estou cansado de você! – Mitchell se levanta e me fita com total desprezo. – Pit, a leve ao galpão feminino e a instale com as mais novas. No caminho, explique para ela como as coisas funcionam por aqui.
-         Sim, Mitchell – Pit então se aproxima me tirando do chão com violência. Solto um gemido de dor ao ficar em pé e ouço ao longe Mitchell rindo. O que eu fiz para merecer aquilo?!
-         Ei, você poderia ser mais gentil...
-         A ultima coisa que vai receber aqui são coisas de mão beijadas... Você causou a desordem aqui ou pelo menos tentou e pagará por isso. – Pit não me fitava. Seu porte é como de um soldado, sempre atento e imponente.
-         Desculpe – Suspiro, observando minhas mãos, o sangue já coagulou.
-         Logo vai poder se lavar e colocar curativos. – É a primeira vez nessa caminhada que ele me olha. – Bom, seja bem vindo a nossa base secreta. Um lugar onde os federais anseiam mais do que tudo em suas vidas. O ninho dos Mures!
-         Ratos?! – O fito um tanto curiosa.
-         Sim, somos conhecidos assim na região. – Ele sorri de lado, realçando sua cicatriz acima do lábio. – Acho que já deu para perceber que não somos amigos dos federais, certo?! Existimos tem certo tempo e ainda estamos de pé por causa da nossa união. Todos os dias, abrigamos pessoas como nós, magnetos abandonados e perseguidos pelo governo.
-         Então vocês lutam contra o governo, não o apoiam?!
-         Não foi isso que acabei de dizer?! – Pit se aproxima da entrada de um galpão grande. Ele abre um portão enorme e branco. O que eu vejo dentro daquele galpão é surpreendente. Camas brancas, como aquelas de hospitais, mas com um diferencial. Essas estavam bem enferrujadas e velhas. Uma senhora de cabelos grisalhos se aproximou de nós, sorrindo em minha direção. – Essa é a Daisy. – Como se fosse parente da senhora, Pit a abraça, a erguendo do chão. Daisy ri e soca o ombro dele de modo brincalhão. Aquela cena me dá uma sensação de conforto. – Daisy, essa é a Cordélia.
-         A garota fujona! – Daisy se aproxima e pega minhas mãos, observando meus machucados. – É, parece que vamos ter trabalho.
-         Bom, agora que está em boas mãos vou indo, mas volto mais tarde para ver como está. – Pit então se vai me deixando com sua amiga, Daisy.
-         Venha, vou te levar ao banheiro e depois cuidar de você. – A segui até uma parede frágil, algo como uma divisória improvisada. Ali atrás, algumas banheiras metálicas se encontravam dispostas como as camas, lado a lado. Daisy seguiu em direção de uma e começou enche-la. – Pode se despir, tem sabonetes e toalhas naquele armário. Quando terminar, estarei esperando-a lá fora.
-         Obrigada. – Sorrio, me dirigindo ao armário. Logo volto com uma toalha branca e um sabonete com cheiro de rosas em minhas mãos. Meu corpo dói a cada mínimo movimento, mas logo me encontro coberta pela água morna. Aquele lugar, aquelas pessoas. Talvez eu tenha começado com o pé esquerdo. Talvez seja ali meu lugar. Um lugar onde eu possa ser eu mesma, usar meus poderes livremente e melhor, ter pessoas como eu que podem me entender. 

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