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Eu passei muito tempo tentando ignorar o fato de que precisava de ajuda. Ignorar o fato de que aquele cansaço e desanimo não eram normais. Mesmo conseguindo fazer as atividades rotineiras, eu não consigo parar para fazer algo que eu gosto, como me sentar em frente do computador e escrever para o blog como estou fazendo agora. Não é normal me sentir angustiada todos os dias e até mesmo chorar todas as noites. Sentir medo mesmo quando não há razão. Me sentir sozinha mesmo cercada de pessoas.
Eu ainda resisto em admitir que sou uma pessoa incrível mesmo tendo que tomar remédios todas as manhãs. Eu ainda fico imaginando como seria se eu não me sentisse assim e mesmo não sendo minha culpa, na verdade não há culpados, eu ainda me culpo por me sentir assim. É cansativo levantar da cama e mais ainda se deitar e não conseguir dormir. Logo quando eu fecho os olhos a enxurrada de pensamentos imundam a minha mente e me afogam, me fazendo transbordar pelos olhos.
O tratamento é difícil e demorado, como de qualquer outra doença. Os sintomas não são visíveis para os outros, mas são para mim. É um processo lento e demorado a redescoberta de quem sou eu. Talvez mais forte. Com cicatrizes. Mas levando um dia de cada vez.
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